Fiasco eleitoral em 2008, Gastão foi campeão de votos em 2010

POR OSWALDO VIVIANI
Jornal Pequeno

Apoiado até na televisão pela governadora Roseana Sarney (PMDB) nas eleições para prefeito de São Luís em 2008, o novo ministro do Turismo Gastão Dias Vieira (PMDB), de 65 anos, obteve um resultado pífio no pleito: ficou em 6º lugar, com apenas 9.508 votos. À sua frente, se posicionaram João Castelo (PSDB, eleito prefeito no segundo turno), Flávio Dino (PC do B), Clodomir Paz (PDT), Raimundo Cutrim (DEM) e Cleber Verde (PRB).
Flávio Dino – que se reportará ao novo ministro como presidente da Embratur – obteve, em 2008, 167.436 votos. Foi ao segundo turno contra João Castelo e, mesmo perdendo, aumentou sua votação para 214.302 mil votos.
Em 2010, Gastão Vieira se recuperou do fiasco de 2008, sendo campeão das urnas na eleição para deputado federal: conquistou 134.665 votos.
Gastão é um caso raro de político ligado ao grupo Sarney que viu seu patrimônio emagrecer nos últimos anos, segundo o que declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas eleições de 2008, o novo ministro do Turismo declarou patrimônio de R$ 441.599,48. Em 2010, o valor declarado foi de R$ 421.180,19.
O bem de maior valor declarado pelo novo ministro é uma casa no Olho d’Água (região praiana de São Luís), avaliada em R$ 182.274. Gastão também possui um imóvel na área central de São Luís, avaliado em R$ 30 mil.

Crítica ao Tele Ensino – Mesmo tendo sido secretário de Educação de Roseana Sarney, Gastão Vieira criticou no Facebook, em março passado, o Programa Tele Ensino, implantado pela governadora em meados da década de 90.
Gastão debatia com os usuários da rede social sobre a adoção do ensino via satélite pelos estados do Nordeste, quando os seus seguidores usaram o Tele Ensino (chamado de “tele engano”) como mau exemplo, levando o deputado a fazer o seguinte comentário: “O Tele Ensino tinha como objetivo ‘corrigir’ o fluxo escolar… quando o levaram para o ensino regular, para o jovem na idade correta, cometeram um grande erro”.
A proposta do Tele Ensino “achatava” o Ensino Médio em 18 meses e substituía os professores por televisores e videocassetes.

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