ACÚMULO ILEGAL: Jowbert Alves ocupa dois cargos simultâneos…


 Pelo Jornalista Domingos Costa
Denúncia de Acúmulo de Cargos e Solicitação de Providências Quanto à Atuação do Agente doPrograma Arroz da Gente

Denúncia de acúmulo ilegal de cargos do “Agente do Programa Arroz da Gente”, Jowbert Alves.

O ex-secretário de Estado do Trabalho e Economia Solidária do Maranhão, Jobert (Jowbert) Alves, voltou a ocupar espaço no noticiário político após novas movimentações administrativas envolvendo seu nome. Além das denúncias e investigações que marcaram sua passagem pelo governo estadual entre 2020 e 2021, o servidor agora se vê no centro de questionamentos sobre possível acúmulo de cargos públicos.

No dia 3 de novembro de 2025, o governador Carlos Brandão assinou ato oficial nomeando Jowbert Frank Alves da Silva para o cargo em comissão de Secretário-Adjunto da Representação Institucional do Estado do Maranhão no Distrito Federal, com vigência a partir de 15 de novembro de 2025. O documento, emitido pelo Palácio dos Leões, confirma sua ascensão a um dos postos mais estratégicos da estrutura estadual, responsável pela articulação institucional em Brasília.

A nomeação reacendeu discussões sobre a situação funcional de Alves, uma vez que ele continua ativo no Governo Federal, atuando como técnico do Programa Arroz da Gente, vinculado à CONAB. Segundo fontes e denúncias encaminhadas a órgãos de controle, essa permanência simultânea pode configurar acúmulo irregular de cargos, dada a natureza e as exigências legais que regem funções públicas federais e estaduais. Até o momento, não há manifestação oficial por parte dos governos envolvidos sobre a compatibilidade das jornadas ou eventual processo administrativo para esclarecimento.

– Denúncias anteriores voltam ao debate público

A nova nomeação reacendeu também as lembranças das controvérsias acumuladas durante sua gestão como secretário estadual. À época, Jobert Alves foi alvo de três denúncias que motivaram apurações internas:

– Retirada noturna de materiais públicos por um caminhão-baú e uma van, sem registro administrativo e fora do expediente;

–  Flagrante de um barco de alumínio sem registro oficial, encontrado dentro de um caminhão-baú em uma concessionária;

– Pagamento de quase R$ 1,7 milhão a empresas supostamente ligadas a Alves e a um assessor, sem entrega dos materiais contratados.

A repercussão levou o então governador Flávio Dino a determinar sua exoneração imediata. Hoje, Alves responde a um inquérito civil sob sigilo, conduzido pelo Ministério Público Estadual, que apura possíveis responsabilidades.

– Reclamações também se acumulam no âmbito municipal

As polêmicas não se limitam ao período em que ocupou secretarias estaduais. O Ofício nº 038/2025 – SEMAMAPP, emitido pela Secretaria Municipal de Agricultura de Magalhães de Almeida, relata dificuldades institucionais envolvendo sua atuação como técnico da CONAB. O documento aponta conflitos políticos, exclusão da Secretaria Municipal de reuniões oficiais e condutas consideradas incompatíveis com a imparcialidade administrativa:

“O técnico Jobert Alves tem demonstrado postura incompatível com os princípios de imparcialidade e colaboração, criando um ambiente de desconfiança e dificultando a implementação de projetos e programas essenciais para o desenvolvimento rural da região.”

A Secretaria solicitou sua transferência urgente para outra localidade, afirmando que sua permanência comprometeria políticas públicas na região.

Até o momento, o ex-secretário não se pronunciou sobre as denúncias, sobre o suposto acúmulo de cargos ou sobre os questionamentos levantados por autoridades municipais.

A nomeação recente por Carlos Brandão, somada às investigações em curso e às reclamações administrativas, coloca Jobert Alves novamente sob os holofotes — agora dividindo atenção entre Brasília, São Luís e o Ministério Público.


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