Rosmari Aparecida Rosa, de 53 anos, viveu por 37 anos com uma faca alojada no seu ombro. Aos 16 anos, após terminar um namoro de três meses, ela foi apunhalada nas costas pelo ex-companheiro. Socorrida ao pronto-socorro de Sorocaba (SP), Rosmari recebeu três pontos no corte e foi para casa, sem saber que um pedaço da lâmina tinha ficado em seu ombro e causaria dores terríveis por mais de três décadas.
- Achei que as dores, que tive durante esses anos, eram por eu fazer muito esforço, porque eu sempre trabalhei pesado, em olaria e também como doméstica. Mas não imaginava que elas [as dores] seriam por causa da facada – disse, surpresa, logo após a realização de um simples exame de de raio-x que mostrou o objeto em seu corpo.
Rosmari preferiu esquecer o dia em que foi agredida e passou a guardar a história para si. Mas, com o passar do tempo, a doméstica começou a sentir muitas dores nas costas, o que a levou a procurar vários médicos.
- Foram anos e anos indo ao médico e ouvindo que o meu problema era muscular, ou mesmo tendinite e bursite. Sempre eram esses os diagnósticos. E a dor só passava quando eu tomava injeção – lembra.
A doméstica chegou a ser submetida a sessões de fisioterapia, prescrita por um dos médicos que a atendeu durante esses anos. Segundo o médico, apesar das dores, o risco de morte para a doméstica foram mínimos, já que o objeto ficou alojado em uma área segura.
A cirurgia de Rosmari para a retirada do objeto foi feita na Policlínica de Sorocaba na última semana.
DO G1, COM EDIÇÃO DO GAZETA DA ILHA
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